Rick Troula
52 parte 2/3, Long John Silver e Bernie Wrightson
25 de Julho de 2013
O objetivo aqui é falar de quadrinhos. Majoritariamente quadrinhos publicados no exterior. Neste espaço buscarei comentar títulos de quadrinhos publicados nos EUA e na Europa que possam interessar aos leitores gongnianos. Eventualmente resgatarei publicações mais antigas indicando possíveis leituras e ocasionalmente posso tocar no universo dos Mangás, mas será muito raro, pois confesso minha ignorância no tema. Além disso, sempre que possível, abordarei artbooks e livros sobre artistas no geral.
De volta pra continuar a falar de mais alguns dos títulos dos Novos 52 da DC. Relembrando: lançada em setembro de 2011, os Novos 52 foi a forma da DC “renovar” sua linha de gibis trocando times criativos e em sua maioria reiniciando as histórias dos personagens e grupos. Leia a parte 1 aqui. Eis a segunda de três partes desse assunto:
BATMAN
Abordei esse gibi na primeira coluna e ele continua bom. Ao contrário do que eu esperava a saga do Coringa não foi tão boa quanto a Court of Owls, ou melhor, a saga em si foi muito boa, o final é que decepcionou. A nova história que vai se iniciar parece interessante buscando explorar partes do início da luta do Batman contra o crime. Esse vale muito a pena.Abordei esse gibi na primeira coluna e ele continua bom. Ao contrário do que eu esperava a saga do Coringa não foi tão boa quanto a Court of Owls, ou melhor, a saga em si foi muito boa, o final é que decepcionou. A nova história que vai se iniciar parece interessante buscando explorar partes do início da luta do Batman contra o crime. Esse vale muito a pena.
BATMAN AND ROBIN
Outro gibi muito bom do Batman, Batman and Robin escrito por Peter J. Tomasi e desenhado por Patrick Gleason aborda a relação de Bruce e Damian, pai e filho no combate ao crime. Confesso que gostei pouco do Damian como Robin quando ele surgiu, mas o personagem foi aos poucos me conquistando e esse gibi foi um dos maiores responsáveis por isso. Boas histórias e boa arte somaram para um ótimo título. Agora, depois da morte de Damian, os parceiros do Batman na HQ ao que parece serão rotativos, e todos os ex-Robins estão escalados.
BATMAN: THE DARK KNIGHT
Escrito pelo geralmente bom Paul Jenkins e desenhado pelo um dia bom David Finch o título prometia bastante, porém ao ser publicado alternou bons e maus momentos. A história é um pouco repetitiva e não muito original e a arte de Finch definitivamente já viu dias melhores. Li os primeiros dez e abandonei sem muito pesar.
BATWOMAN
Falei desse na terceira coluna e não tenho nada de novo pra acrescentar a não ser que continua valendo a leitura.
BATMAN INCORPORATED
Esse gibi foi lançado antes dos Novos 52 contando a iniciativa do Batman de abrir “franquias” de sua luta contra o crime espalhando agentes pelos quatro cantos do planeta, a tal Batman Inc. Foi relançado dentro dos 52 com o mesmo escritor, Grant Morrison, e desenhado pelo interessante Chris Busnham focando mais no trabalho do morcego e seus parceiros em Gotham. Morrison, como quase sempre, traz uma ótima história com grandes
momentos dos personagens, especialmente da relação Batman e Robin (Damian) e dos conflitos deles com diversos criminosos e da gerencia da Batman Inc. O desenho de Chris Burnham se assemelha esteticamente ao Frank Quitely, um dos meus desenhistas preferidos, e torna a HQ ainda melhor. Foi nela inclusive que a morte de Damian foi mostrada em uma baita saga intitulada Leviathan que contou com Talia, mãe de Damian, como vilã. Muito bom título, pena que vai acabar agora em julho.
LONG JOHN SILVER
Lançado em 2007 pela Dargaud a série chegou esse ano ao seu quarto volume e continua me surpreendendo. Long John Silver aborda o famoso e carismático pirata eternizado Robert Louis Stevenson em seu Ilha do Tesouro em uma nova aventura, desta vez a em busca de uma cidade de ouro em plena selva amazônica a serviço da Vivian Hastings, uma dama da corte inglesa. Ambos partem em busca do marido dela que a abandonou para procurar o ouro dos mesoamericanos. Mas ela não o procura por amor e sim para matá-lo, e Long John Silver terá que ajudá-la nessa missão.
Muito bem escrito por Xavier Dodson e magistralmente ilustrado por Mathieu Lauffray, citado na coluna passada, Long John Silver se espalha por quatro álbuns originalmente publicados em francês: Lady Vivian Hastings (2007), Neptune (2008), Labyrinthe d'Emeraude (2010) e Guyanacapac (2013). Os três primeiros foram lançados em inglês pela editora inglesa Cinebook. Vou dizer de novo, a história é ótima e arte de Lauffray é sensacional e tem tudo a ver com a temática do gibi. Imperdível.
CREEPY PRESENTS BERNIE WRIGHTSON
Coletânea publicada pela Dark Horse das histórias em quadrinhos do magistral mestre do macabro Bernie Wrightson publicados nas revistas da finada Warren. Wrightson, quadrinista famoso por seus gibis de terror seja desenhando adaptações de histórias de Poe e Lovecraft ou por suas próprias criações, teve alguns de seus melhores momentos trabalhando para a clássica editora Warren na década de 1960, 1970 e início de 1980. Reunidas nesse volume estão algumas de suas histórias colaborando com grandes escritores da época ou trabalhando sozinho. Uma aula de arte, gênero e narrativa visual por 20 dólares. Se você quer ver o mestre do macabro em histórias clássicas de horror esse é o gibi, vale muito a pena e a introdução de Burce Jones, um dos escritores parceiros de Wrightson, é muito boa.
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