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                         Rick Troula

O gibi do Flash tem sido constante já há algum tempo. Ou melhor, desde que Francis J. Manapul assumiu os roteiros e desenhos juntamente com Brian Buccelatto. A dupla vem há dois anos revitalizando o personagem e reintroduzindo as mais diferentes facetas do personagem mirando leitores atuais.  A cidade do Flash, Central City, muitos de seus mais tradicionais inimigos, como os Rougues e Gorilla Grodd, os elementos de ficção científica que funcionam tão bem com personagem e diveroso outros detalhes já foram abordados pelo gibi do homem mais rápido desde que os dois começaram a repensar o personagem visando a iniciativa dos Novos 52 da DC (que será tema da próxima coluna como eu fiz com o Marvel Now).



Mas não é só de revisitar temas tradicionais e repaginar personagens clássicos que vive a dupla de criadores, eles também tem introduzido soluções originais e interessantes. A forma como Flash percebe a realidade e como sua super velocidade se manifesta é abordada de forma criativa no gibi e é genial,  lembrando muito o que Carmine Infantino fez com o personagem quando o reinventou na Era de Prata. Infantino, que morreu recentemente e foi um dos grandes quadrinistas americanos e à quem Flash deve boa parte de seu sucesso, abordou visualmente a forma como o personagem percebia a realidade e o mundo a sua volta sendo muito mais rápido do que tudo. Manapul também faz isso de forma muito engenhosa e inteligente.  As implicações e desdobramentos da Speed Force também são ponto central na trama gerando situações e enredos muito bons.

SIXTH GUN

Le Chronique des Immortels é uma série publicada pela editora francesa Paquet adaptando para os quadrinhos a saga escrita pelo novelista alemão Wolfgang Hohlbein. A história apresentada no gibi aborda Andrej Delany, um nobre guerreiro que retorna à suas terras para encontrar tudo destruído e seu filho morto e torturado pelos padres e soldados da inquisição sob a acusação de Delany possuir poderes mágicos profanos. Todos foram brutalmente assassinados com exceção de um sobrevivente, Frederic, um jovem que testemunhou os acontecimentos e pode levar Delany aos responsáveis. Uma história de vingança contada em três atos resumindo os muitos livros que compõe a saga original.

Adaptada para os quadrinhos pela dupla Benjamin Von Eckartsberg e Thomas Von Kummant, o gibi prima pela arte incrível e pela história sangrenta. A dinâmica de trabalho da dupla é interessante, Von Eckartsberg cuida dos cenários enquanto Von Kummant trabalha os personagens e demais elementos. A arte é muito rica e bem trabalhada, os cenários são belíssimos e os personagens e a ação soberbos. Do primeiro para o segundo álbum a qualidade cai um pouco, muito em função da mudança de estilo no desenho dos personagens que se mantém no terceiro e último gibi, mas nada que prejudique a saga. E há ainda um livro de arte imperdível recheado de esboços, concepts e processos oferecendo um rico making of da série. Vale olhar.

O homem mais rápido, armas demoníacas, vingança e pré-história!

24 de Abril de 2013

O objetivo aqui é falar de quadrinhos. Majoritariamente quadrinhos publicados no exterior. Neste espaço buscarei comentar títulos de quadrinhos publicados nos EUA e na Europa que possam interessar aos leitores gongnianos. Eventualmente resgatarei publicações mais antigas indicando possíveis leituras e ocasionalmente posso tocar no universo dos Mangás, mas será muito raro, pois confesso minha ignorância no tema. Além disso, sempre que possível, abordarei artbooks e livros sobre artistas no geral.

Publicada pela Oni Press, Sixth Gun é um velho este com elementos sobrenaturais e uma boa dose de aventura da melhor espécie. A história gira em torno de seis revolveres místicos e amaldiçoados cada qual com sua habilidade sobrenatural e sua própria carga de maldades. Os protagonistas da história são Drake Sinclair, um caçador de recompensas e detentor de 4 dos revolveres e consequentemente imbuído dos poderes delas, como disparar tiros de canhão ou libertar almas que lutam por ele;  e Becky Montcrief, herdeira do tal sexto revolver que consegue prever o futuro. Unidos pelos revolveres e caçados por todos aqueles que cobiçam as nefastas armas, a dupla é ajudada por diversos tipos de personagens desde um ex-escravo com habilidades místicas até uma sociedade religiosa dedicada a exterminar as armas malditas da terra.

As histórias escritas pelo ótimo Cullen Bunn são ótimas e cheias de reviravoltas bebendo em situações clássicas dos melhores westerns, porem modificadas pela presença do sobrenatural. O texto é ágil e a narrativa é dinâmica fruto da colaboração com Brian Hurt, artista principal da série e cujo traço casa perfeitamente com o gênero. O gibi ainda tem um forte senso de design tanto nas páginas internas quanto na identidade estabelecida para as capas.

LE CHRONIQUE DES IMMORTELS

THE ART OF THE CROODS

Eu ainda não vi a animação, mas a julgar pelo livro de arte o visual é incrível. The Art of the Croods é um livro ricamente ilustrado apresentando todas as facetas da produção. Aliás, ele é mais ilustrado do que a média dos artbooks. Skecthes e designs de personagens são extensivamente apresentados, concepts de cenários são mostrados com todas as cores que os tornam mágicos e o design das criaturas é um show a parte.

A arte, aliás, é sensacional. Manapul mistura nanquim aguado com colorização digital, personagens expressivos com ação dramática e acima de tudo inspiradíssimos designs de página e um storytelling primoroso. Suas páginas estão entre as mais inventivas do mercado ao lado de J.H. Williams III (citado quando falamos da Batwoman) e os splashs duplos a lá Eisner que abrem cada gibi são admiráveis obras de design. Algo pra se aguardar todo mês.

 

A próxima saga introduz a versão da dupla do Reverse Flash (Flash Reverso) e será interessante ver o que eles pensaram.

THE FLASH

 

Se você gosta de western e histórias sobrenaturais como eu vai ter dificuldade de largar o gibi quando pegar. E é bom se apressar, pois a HQ deve virar série pela NBC e aí vai ser difícil escapar dos spoilers.  E se você gostar corra atrás de Damned, trabalho anterior da dupla, muito bom. Talvez eu dedique mais espaço a ele no futuro.

É possível ver muitos dos bons concept artists do mercado no livro bem como o trabalho do diretor Chris Sanders, apesar de ter pouca arte deste último. O livro é um dos mais interessantes artbooks que eu vi e um dos melhores desse ano. Ao preço de 35 dólares o livro é um deleite visual.

2014

 

2013

 

2012

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