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                         Rick Troula

O retorno de Elektra, Light Brigade, sexo de super-heróis e um livro de estatuas!


29 de Julho de 2014

O objetivo aqui é falar de quadrinhos. Majoritariamente quadrinhos publicados no exterior. Neste espaço buscarei comentar títulos de quadrinhos publicados nos EUA e na Europa que possam interessar aos leitores gongnianos. Eventualmente resgatarei publicações mais antigas indicando possíveis leituras e ocasionalmente posso tocar no universo dos Mangás, mas será muito raro, pois confesso minha ignorância no tema. Além disso, sempre que possível, abordarei artbooks e livros sobre artistas no geral.

LIGHT BRIGADE

 

Quando eu peguei pra ler Light Brigade não sabia muito o que esperar, só sabia que era uma história que se passava na 2ª Guerra Mundial e envolvia anjos e demônios. E que era escrita por Peter Tomasi roteirista da série Batman and Robin que eu venho gostando bastante e com arte de Peter Snejbjerg de quem eu já vi ótimos trabalhos, como The Portent. Me surpreendi bastante com a qualidade do gibi.

 

A história aborda um pelotão norte americano durante a Segunda Grande Guerra que se junta a uma briga antiga: o céu contra o inferno. Tomasi insere em um contexto militar muito bem construído e referenciado uma história interessante explorando a mitologia cristã colocando os personagens em uma busca pela Espada de Deus em meio a Europa em guerra. A mistura, que em mãos menos habilidosas podia facilmente virar uma sala de temas ou uma chatice piegas religiosa, funciona muito bem a base de boas pitadas de drama humano, horror e ação assim como um forte foco no desenvolvimento dos personagens adicionando boas e originais contribuições ao gênero. Aliás, os personagens são ricamente construídos e explorados, o pelotão em si é recheado de ótimos personagens muito bem utilizados. E os nazistas não ficam atrás.

 

 

A arte de Snejbjerg também é boa. Não é o melhor que eu já vi ele fazer, no já citado The Portent seu trabalho é bem mais impressionante, mas o visual explorado por ele combina perfeitamente com a história e não prejudica em momento nenhum. Aliás, cabe ressaltar como é versátil o artista explorando estilos diferentes em publicações diferentes, algo não muito fácil de ser feito.

 

Lançada originalmente em 2004 pela DC Comics a HQ ganhou um recente relançamento pela Dark Horse em uma edição única com capa dura.  Recomendo.

ELEKTRA

 

Continuando aquela ideia lançada na ultima coluna de falar brevemente de títulos recém lançados, Elektra ganhou uma nova HQ mensal, e ela é sensacional. A história do roteirista Zeb Wells busca investigar a alma da assassina mais feroz do universo Marvel e a coloca na busca de um outro assassino tentando equilibrar a balança de seus atos. A ideia é interessante, mas é cedo pra julgar tendo lido só até o número 3. O que não é cedo pra julgar é a arte de Mike Del Mundo que é espetacular e talvez o gibi mais belo e inovador visualmente saindo nas comic shops. Del Mundo chamou minha atenção pela primeira vez fazendo capas para outros títulos da Marvel, especialmente para X-Men Legacy. Inventivas, originais, com uma linguagem diferente e tecnicamente muito bem feitas, suas capas se destacavam. Agora, a cargo da arte interna e da capa do gibi da Elektra, seu trabalho é incrível. Mal posso esperar pela quarta edição.

CAPTURING ARCHETYPES

 

Sideshow Toys é uma das mais animais empresas dedicadas a fazer estatuetas e bonecos de luxo baseados nas mais diversas franquias de quadrinhos, filmes e series. Dona de uma linha espetacular com itens muito foda de Star Wars a GIJoe, suas peças primam pela qualidade absurda, atenção ao detalhe, diversidade de itens que acompanham os bonecos e imponência de suas estatuetas. Aliás, esse negócio de estatueta de super heróis e personagens de filmes tem tido cada vez mais desaque aqui no Brasil, mesmo sendo muito caro pros bolsos tupiniquins cada vez mais lojas dedicam espaços para esse tipo de material. Não faz nem sentido comprar uma estatueta aqui a menos que você não tenha nenhuma possibilidade de adquirir de fora, pois a diferença de custo é absurda.

SEX CRIMINALS

 

Já citei essa série durante a coluna sobre o prêmio Eisner e prometi abordá-la melhor depois e aqui estamos. Sex Criminals é uma HQ muito elogiada e comentada que gerou uma hype significativa quando lançada em função da temática e da forma como aborda super heróis. Escrita por Matt Fraction e desenhada por Chip Zdarsky à série explora a sexualidade como super poder, ou melhor, o super poder manifestado através do sexo. Para ambos os personagens principais sexo sempre foi algo muito diferente, pois ao atingir o orgasmo o tempo literalmente para. E quando eles se encontram e transam pela primeira vez começam a perceber as possibilidades ilimitadas que isso lhes traz.

A premissa é muito interessante e o roteiro se beneficia de uma das grades qualidades de Fraction que são os diálogos inteligentes. Já falei um bocado dele aqui principalmente ao abordar Hawkeye que ele escreve, e em Sex Criminals Fraction mostra toda sua versatilidade. A arte é boa apesar de não ter nada de especial, o canadense Zdarsky está longe de impressionar, mas serve bem ao título.

Tudo isso dito, o gibi me decepcionou um pouco. Apesar da boa premissa o desenvolvimento da história se mostra menos interessante e o desfecho da primeira saga é pouco cativante. Me deixou sem vontade de buscar a edição seguinte. A exploração do tema é um pouco limitada e parece se contentar em estar falando de sexo em um gibi de super heróis sem fazer disso algo mais desafiador e intrigante pro leitor. Não é ruim, mas cansa antes da sexta edição. Não sei bem se a hype foi potencializada pela temática mais do que pela qualidade em si.

 

Já é possível comprar o primeiro encadernado contendo as 6 edições iniciais. Vale a leitura, mas eu prefiro o mais sombrio e menos obvio Sex de Joe Casey e Piotr Kowalski. Falarei desse num futuro próximo.

Dentro desse universo a Sideshow é umas das melhores empresas do ramo e lançou recentemente um livro abordando sua produção. Capturing Archetypes: Twenty Years of Sideshow Collectibles Art é um livro belíssimo que apresenta em fotografias conceituais diversas das melhores criações da empresa. Não é um livro informativo com dados sobre as estatuetas e bonecos e suas coleções, mas sim um livro apreciando algumas de suas peças mais memoráveis. As fotos nem sempre mostram as peças em sua totalidade, pois buscam iluminações mais dramáticas que potencializem a figura e o personagem. O que não é um problema afinal o site deles é recheado de fotos mais informativas dos produtos.

 

O preço é salgado, 50 dólares, mas a qualidade da publicação e seu conteúdo tornam o sacrifício muito valido.

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