O Novo Aranha Escarlate
Merack
29 de dezembro de 2012

Odiada por muitos e adorada por poucos, a mais polêmica saga do aracnídeo, a SAGA DOS CLONES começa quando o Chacal pretende criar um clone do amigão da vizinhança e de Gwen Stacy, ali nasceu o futuro vilão/anti-herói Kaine. O Chacal nota que Kaine, por ser o primeiro clone, acabou tendo alguns problemas de criação, uma degeneração e algum tipo de instabilidade mental.
Kaine nesse meio tempo é desprezado por seu “pai” por ser imperfeito. O Chacal consegue atingir o sucesso na criação de um novo clone, que futuramente se tornaria Ben Reilly. Kaine não aceita isso e quer a morte tanto de Peter quanto de Ben, típico. A saga se desenrola com a dúvida sobre quem seria o verdadeiro Homem-Aranha, Ben Reilly ou Peter Parker? Nesse momento do arco, Kaine vira um ponta/vilão que está ali apenas como alguém desprezado com sede de vingança.
Ao final da saga, revela-se que Norman Osborn, o primeiro Duende Verde (que acreditavamos que estivesse morto) é quem estava por trás de tudo. Ele primeiro troca os arquivos de Ben e Peter no laboratório do Chacal fazendo com que um pensasse ser o outro e, ao tentar explodir o Clarim Diário onde todos são salvos por Ben, Peter luta contra o próprio Duende. Ao final, Ben Reilly morre e seu corpo dissolve-se, provando que Peter Parker sempre foi o verdadeiro Homem-Aranha.
Muitos anos e sagas depois, Kaine aparece curado de sua deformação e já é mais herói do que vilão. Em sua última participação em uma HQ do Aranha, Kaine lhe informa que está deixando Nova York para seguir seu rumo. Este tem a “bênção“ de Peter e some pelos EUA.

A maioria dos fãs ouviu falar que a Marvel trouxe de volta o Aranha Escarlate. Em 22 de janeiro de 2012, Chris Yost e Ryan Stegman lançaram uma nova série. Só que não é Ben Reilly, o Aranha Escarlate anterior à frente da série, em vez disso, seu rival, Kaine. Como fã, acompanhei a Saga do Clone pela Abril e os gibis que saíram nos EUA do Scarlet Spider/Ben Reilly na década de 90. Sim, achei legal a princípio dois Aranhas em Nova York, mas com a morte de Ben, a vida segue seu rumo. Acredito que a Marvel queria mesmo era por um ponto final nessa coisa de clones.
Enfim, estamos em Houston, Texas. Ali nos deparamos com um sujeito trajando um moletom jeans e que usa certos poderes conhecidos de um super-herói de Nova York, que escala paredes e se balança em teias atacando um grupo de mafiosos. Antes disso, descobrimos que o que Kaine realmente queria era apenas passar pela cidade e se mandar para o México para recomeçar sua vida.
Fiquei pensando que um gibi do Aranha Escarlate igual ao do Homem-Aranha porém em outra cidade não teria o menor sentido mas, Kaine parece ter princípios e logo acaba por ajudar um grupo de pessoas que estão sendo traficadas por criminosos. Ali, seu objetivo é matar ou machucar muito estes criminosos e, aproveitar a situação para roubar algum dinheiro. Kaine se mostra muito diferente de Peter, a começar pelo seu jeito nada amigo da vizinhança. Kaine não dosa no uso de seus poderes contra os “humanos normais“ e vemos gente morrendo ou se machucando pra valer. Achei isso bem interessante.

Continuando, Kaine salva uma moça, a única sobrevivente que estava presa em um contêiner onde seria traficada com outros que já estavam mortos e a leva para o hospital. Ali ele abandona de vez sua ida ao México quando o hospital em que ele deixou a moça explode. Kaine encontra um policial atendendo a emergência que de alguma forma o inspira a ficar na cidade. Aos trancos e barrancos Kaine aceita seu destino e acaba por se tornar oficialmente o Aranha Escarlate.
Mas, como já ressaltei anteriormente no artigo do Aquaman, a Marvel também usa seus heróis de segundo escalão como base de testes para desenhistas e roteiristas. Ryan Stegman saiu no sétimo número e no seu lugar entrou Khoi Pham na arte. Sinceramente não gostei, a arte de Stegman é muito boa. A vantagem é que Chris Yost continua fazendo um bom trabalho nos arcos de histórias. Vamos ver até quando, espero que por muito tempo.


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