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Aquaman, Finalmente o Herói?!

                    Merack

                           17 de dezembro de 2012

Criado por Paul Norris e Mort Weisinger, por muitos anos foi sempre um alívio cômico no universo da DC Comics.

Em suas histórias no início dos anos 40, Aquaman era apenas utilizado como backup nas histórias de outros heróis da editora. No fim dos anos 50 e 60, a chamada Era de Prata dos Quadrinhos colocaram o herói como fundador da Liga da Justiça da América.

 

No começo da década de 60 saiu a primeira série mensal do herói, mas foi suspensa devido ao fracasso de vendas, contando apenas  com 63 numeros. Só na década de 90 que finalmente começou a receber o tratamento em seus arcos de história que só o Rei de Atlantis poderia receber. Um tom mais sério. Ele voltou para mais uma série de revistas, estas duraram menos ainda, apenas 13 números.

 

A DC decidida em popularizar o herói, tratou de lançar mais uma série mensal, a mais duradoura do Aquaman, foram 77 números de 1994 até 2001.

Mas a popularidade do herói já estava selada, ironicamente falando, nas profundezas do oceano. Ele sempre foi alvo de tiras cômicas, fazia participações toscas e demonstrava ter os poderes mais inúteis nas telinhas, como por exemplo sua telepatia com os seres submarinos, cavalgar cavalos marinhos e tinha como seus companheiros uma foca chamada Ark, e um polvo de estimação chamado Topo.

Depois de tantas idas e vindas, comecei a acompanhar mesmo em 2003 a nova série mensal do Aquaman. O começo foi simplesmente magnífico, um arco de histórias com começo, meio e fim, baseado nas histórias e lendas dos sete mares. Será que agora vai? Para minha tristeza e para a tristeza de outros fãs: não, não foi.

O problema de quadrinhos de heróis considerados como segundo escalão de uma editora é simples. Pegue um roteirista, um desenhista e um arte finalista e teste suas capacidades no titulo, se forem bons, são promovidos a um herói mais famoso, se não, contrate outros. Foi o que aconteceu com essa série do Aquaman.

Após 14 edições com um arco muito bom de histórias, uma nova equipe criativa assumiu o titulo, afundaram San Diego, criaram um projeto de mutação de humanos em “homens-peixe“, enfim, tudo aquilo que foi escrito e desenhado nos primeiros gibis se perderam. Caminhando assim até a edição de número 39, depois as coisas ficaram piores.

Seguindo a numeração original, a DC veio com o evento “1 Ano Depois”, histórias que seguiriam como se 1 ano tivesse passado na cronologia do universo. O Aquaman original sumiu e virou um ermitão formado por água. Este depois morreu, um clone tomou seu lugar, e a série acabou se tornando um Smallville em quadrinhos, onde um suposto jovem Aquaman queria saber o que era, quem era e de onde veio. As vendas caíram absurdamente e 19 números depois o gibi, Aquaman – Sword Of Atlantis foi cancelado.

Em um momento que não posso dizer se foi ou não iluminado, a DC Comics no final do ano de 2011 resolveu recomeçar a contagem de suas publicações, todas elas. Aquaman que estava morto e ressuscitou no evento dos Lanternas Verde: finalmente ganharia um novo titulo. E este quando veio, veio para botar pra quebrar.

 

Dentro dos corredores da editora, Aquaman teria que se tornar um herói, ter um arco muito bem desenvolvido e ter o uso de seus poderes de forma adulta. Chamaram uma equipe de peso com Ivan Reis na arte, Joe Prado na finalização e Geoff Johns no roteiro para tentar alavancar o herói. Conseguiram.

 

Aquaman foi um dos principais gibis vendidos nessa reformulação da DC, seus dois primeiros arcos mostraram um herói sofrido, tentando viver entre os homens após ser exilado de Atlantis. No começo as piadas internas chegaram a um ponto de forçar a barra, a própria DC brincava dentro do gibi com o herói. Piadas como um policial perguntando ao herói que acabara de pegar bandidos em fuga, “Ei Aquaman, você não deveria estar falando com um atum ou coisa do tipo?“ Tolices a parte, parecia que ele veio pra ficar e confesso que os 14 números a seguir foram os melhores já lidos do herói.

 

Mas como nem tudo são flores, mais uma vez a DC foi lá e trocou a equipe de arte do titulo. Para o lugar de Ivan Reis, entrou Paul Pelletier e, para o lugar de Joe Prado, a DC ainda tem algumas dificuldades em escolher aquele que ficará por mais um bom tempo, espero, nesse titulo. Se Geoff Johns pelo menos ainda estiver no roteiro, acredito fielmente que as histórias serão muito melhores e talvez assim, possamos ver Aquaman entre os grandes da DC, finalmente.

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