Devo dizer que quando resolvi adquirir esse livro fiquei meio apreensivo por ser o primeiro livro do famoso autor G.R.R. Martin de As Crônicas de Gelo e Fogo (que deram origem à serie deTV da HBO “Guerra dos Tronos”), publicado ano passado (2012), pela editora LeYa. Fiquei apreensivo porque na época do frenesi do Código Da Vinci, ao publicarem os livros anteriores de Dan Brown tive uma descoberta desagradável, pois foi no Código que ele realmente se consagrou como escritor. Os livros anteriores deixaram muito a desejar apesar de aparentarem possuir uma pesquisa para serem escritos.
Com 336 páginas, A Morte da Luz é um romance originalmente publicado em 1977. Já ganhou muitos dos principais prêmios de fantasia e ficção científica e pode ser interessante para quem gostaria de conhecer a escrita do autor em seus primórdios.
Na história, Worlom, um planeta errante que prosperou quando cruzava o caminho de uma grande estrela vermelha, tendo construído em sua superfície 14 cidades das mais importantes civilizações ao redor do universo, hoje se afasta em direção à escuridão longínquo do espaço, distante do calor de qualquer estrela, prestes a morrer.
Diferente de grande maioria dos livros de ficção neste não existem aliens, e sim diferentes culturas da própria raça humana que mudaram completamente sua forma de pensar ao longo de
A Morte da Luz
Marcus Martins
07 de Maio de 2013



milhares de milênios de conquista espacial, espalhando-se onde o homem jamais ousou ir antes.
O personagem principal, Dirk T’Larien, residente do planeta Avalon, local parecido com a Terra, recebe de sua ex-namorada, Gwen Delvano, a jóia sussurrante: uma gema psíquica capaz de guardar poderosas emoções vividas. O combinado era de que um fosse ao encontro do outro quando recebesse tal jóia, apesar dos pesares.
Ao partir ao encontro de sua ex-namorada, o personagem se vê diante de um planeta moribundo, onde 14 culturas diferentes coexistiram no seu auge em suas cidades festivas, mas que agora grande maioria destas, encontram-se há muito abandonadas, mortas.
Ao longo do livro o personagem será apresentado a algumas dessas culturas que existiram no planeta, sendo esse o principal objetivo do livro: apresentar o choque cultural, as diferenças enormes que podem ser criadas ao se conviver em determinado lugar, com determinadas pessoas e crenças.
Além dos dilemas culturais, o personagem também precisa se encontrar já que desde que se separaram, nunca mais conseguiu seguir um rumo definido, uma meta de vida, apenas seguiu adiante como preciso foi, sempre vivendo sua eterna fossa.
Depois de longos debates culturais e tentativas de entender o que sente ou o que pensa a respeito das emoções dos personagens que vão surgindo, o livro caminha para um final repleto de ação, onde Dirk precisa lutar pela sua sobrevivência e finalmente descobrir quem é e do que é feito.
Como disse anteriormente, infelizmente esperava mais, mas muito mais porque já tinha lido os 4 primeiros livros das Crônicas de Gelo e Fogo e conhecia o bom trabalho do autor, do que por outro motivo, há de se relevar que foi seu primeiro livro e a história até que é interessante.
Por fim vale acrescentar uma curiosidade para os fãs de RPG, no livro é descrito uma raça de humanoides chamados githyanki. Os seres foram usados alguns anos mais tarde como inspiração para a raça de mesmo nome do jogo Advanced Dungeons & Dragons. O próprio George Martin só ficou sabendo que o nome de seusgithyanki tinha sido emprestado nos anos 2000.
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